O tradicional festival de Surf na Pororoca, que chegou a sua 15ª edição esse ano na cidade de São Domingos do Capim, atraiu diversos surfistas, turistas e imprensa nacional e estrangeira interessada em cobrir o campeonato de surf no encontro das águas dos rios Guamá e Capim, que geram ondas de até dois metros de altura. Mas faltou onda e sobrou marola. 

“Não houve competição na prática, o que tivemos foram diversas exibições de surf diurno e noturno. Mudaram a data da competição e simplesmente não deu onda”, disse Noélio Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Surfistas da Pororoca (Abraspo).

Segundo Noélio, uma ribeirinha que mora em frente ao local onde é realizado o campeonato interferiu junto à organização pedindo para a mudança da data do evento, originalmente marcada para o período da semana santa. “Até o momento não sabemos ao certo o porquê de ela gter exigido a mudança, mas perdemos o período de lua cheia e as ondas sumiram”, explicou Noélio.

As ondas fracas acabaram atraindo menos turistas que o de costume. A maioria dos participantes eram moradores da região, que estavam aproveitando para aprender a surfar. “Sempre que tenho a oportunidade estou no rio nadando com minha prancha”, contou Wellington Souza, 13 anos. Morador de São Domingos do Capim, ele contou que aproveita os surfistas turistas na cidade para fazer amizade e aprender um pouco mais.

PRÊMIO

A organização dividiu um prêmio de 10 mil reais entre 10 surfistas que participaram das apresentações de exibição como forma de incentivo. O primeiro premiado foi o cearense Adaílton Mariano, pentacampeão brasileiro de surf. Os demais foram surfistas regionais, oriundos dos municípios de Salinas, Mosqueiro e Marapanim.

PROGRAMAÇÃO

A programação do Festival Surf na Pororoca envolveu diversas outras modalidades esportivas, como futebol, canoagem e xadrez. O governo do estado mobilizou equipes do programa Propaz para realizar cursos e oficinas em São Domingos do Capim paralelamente à programação do festival.